Da diretoria ao samba: carteiros afinam os tamborins de olho no Carnaval 2026

Por: Chico do Cavaco

Alô Juiz de Fora! bom se segurar porque os carteiros vem aí...

Diretores do Bloco dos Carteiros

Sob a orientação do presidente Julinho Madalena, o Bloco dos Carteiros iniciou os preparativos para o Carnaval de 2026. A diretoria trabalha firme nos bastidores com a finalidade de levar para o circuito do samba uma festa onde a paz e a harmonia sejam os pontos principais. Para isso, Julinho terá o suporte dos companheiros Gilberto Martins, Márcio Careca, Jaílson e José Macário, todos amigos de longa data e qualificados quando o assunto é gestão de carnaval. 

Graciele é a rainha da bateria do bloco

Fique por dentro:
O tema do desfile será “Seja feliz e ainda mais feliz com o que é seu”. O enredo faz uma viagem por uma questão instigante e trata da felicidade. No contexto, José Macário e Roberto Marinho, autores do samba, trazem para a cena do carnaval uma mensagem simples, mas carregada de conceitos profundos. Eles descrevem, com racionalidade, uma questão muito presente na sociedade: a validação pessoal. Na visão dos autores, a simplicidade traz felicidade. Sendo assim, os quatro dias de folia reforçam a percepção dos compositores por conta do que representa a festa mais popular do Brasil: descontração e alegria acima de tudo.

Sobre os autores:
José Macário tem uma trajetória marcante no samba juiz-forano. O sambista é autor de dezenas de sambas autorais. Tem participação significativa na Escola de Samba Real Grandeza, onde é diretor, e atua como cantor nos corais da CESAMA, de São Mateus e dos Benedictos. Roberto Marinho é cantor e compositor de samba. Sua obra musical é resultado de um processo de alto valor criativo, estabelecido pela parceria firmada ao longo dos anos com o amigo José Macário. (Clique no play para ouvir o samba).

A história:
O Bloco dos Carteiros surgiu em novembro de 2011, a partir de seis amigos que trabalhavam nos Correios. Eles curtiam micaretas e conseguiam arrastar vários colegas da empresa e seus familiares para eventos. Daí surgiu a ideia de montar um bloco para atender a família ecetista. 

No início, a intenção era ser exclusivo para os funcionários e seus familiares. Mas, com o passar do tempo, o bloco cresceu e abriu espaço para a participação dos amigos e foliões externos, fato que deu muito certo.

Saiba mais:
Recentemente, a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) fez um pré-credenciamento dos blocos para o carnaval de 2026. A lista completa está no site: FUNALFA

Citação:
Os blocos e bandas carnavalescas são oficialmente reconhecidos como manifestações da cultura nacional pela Lei nº 14.845, de 2024. Por isso, é responsabilidade do Estado garantir a livre atividade e organização dos desfiles e eventos populares. Fonte: Câmara dos Deputados.

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Almir do Apache e Ivan Barbosa trazem no samba “Verdadeira Amizade” um canto de amor, valorizando a força do companheirismo

Por Chico do Cavaco
"A vida muda, mas um amigo de verdade permanece constante. Em cada alta e baixa, ele continua ao seu lado."

Almir do Apache e Ivan Barbosa:

filósofos do samba - Clique no link e ouça o samba

O samba “Verdadeira Amizade” é um daqueles momentos especiais e importantes para a cena do samba, dada a sua projeção filosófica no que tange à mensagem poderosa e específica do que se entende por uma boa relação entre os homens, meros mortais.

Nesta questão, os compositores da música, Almir Ferreira, o Almir do Apache e Ivan Barbosa, estão afinados. A amizade entre ambos é forte e peculiar. São amigos de longa data, uma conexão consistente e formada de pensamentos que se interagem de maneira constante e, no fundo basilar dessa união, está a Bahia, um local onde a sonoridade é marca registrada.

O samba é parte integrante do disco “Grupo Perfil - História do Samba da Bahia”, faixa quatro. Almir do Apache dá voz à canção que é sustentada pelos qualificados integrantes do Grupo Perfil.

Fonte: Formado por sambistas das antigas agremiações do carnaval baiano e sob a liderança do conceituado músico Almir do Apache, o Grupo Perfil iniciou-se no mundo da música em 18 de janeiro de 2003. Surge a partir dos encontros musicais no Bar Cosme e Damião, na rua Ferreira Santos, no Bairro Federação, em Salvador, e representa com dignidade e amor a velha guarda do samba. Atualmente, integram o grupo os seguintes músicos: Marinho Simões (violão), Dinho (banjo), Bida (cavaquinho), Almir do Apache (repique de mão), Edgar Caveirinha (rebolo e pandeiro) e Otávio (marcação e efeitos).

Citação: O termo "amizade" foi singularmente abordado por vários autores renomados em seus escritos, que exploraram suas múltiplas facetas e profundidade emocional. Entre eles destacam-se:
Vinicius de Moraes, com seu "Soneto do amigo", que enaltece a amizade como um porto seguro e reflexo do próprio ser.
Mario Quintana, no poema "Da discrição", que apresenta a amizade com seus limites e a confiança necessária.
Carlos Drummond de Andrade, que em "Convite triste" mostra a amizade como suporte diante das dificuldades da vida.
Florbela Espanca, transformando a amizade em um caminho após um amor mal-sucedido.
Paulo Leminski, com versos concisos que destacam a beleza e a troca mútua na amizade.
Sophia de Mello Breyner Andresen, que em "Os amigos" associa a amizade à partilha e à busca de conexão.

Background:

• Apresentado de forma coreografada, poética e festiva, o samba chega ao Brasil por volta dos séculos 17 e 18, por meio dos povos africanos e seus descendentes. Os primeiros registros datam do ano 1860 e trouxeram significativa contribuição para a cultura brasileira.
• As cidades de Santo Amaro e Cachoeira, no recôncavo baiano, são locais onde o samba se estabeleceu e deu à Bahia, o destaque de berço do gênero musical mais popular do País.
• Na Bahia, em especial, alguns dos nomes que levaram o samba baiano a destaque no cenário nacional foram Riachão, Gordurinha, Batatinha, Tião Motorista, Walmir Lima, Panela, Nelson Rufino, Edil Pacheco, Roque Ferreira e Ederaldo Gentil.

Aninha Felipe lança videoclipe e show “Pele Negra”

*Texto enviado pela produção da cantora e postado na íntegra.

Sábado,  27 de setembro, a cantora, compositora e educadora cultural, Aninha Felipe, apresenta ao público seu mais novo trabalho: o single e videoclipe “Pele Negra”, acompanhado de um show especial de lançamento.

A obra, escrita em parceria com Marcelo Toledo e Assis Sabino, é um potente manifesto sobre ancestralidade, resistência e futuro. “Pele Negra” celebra a herança africana, a coragem e a inovação de um povo que transforma desafios em arte, ciência e tecnologia.

A canção chega para reafirmar o protagonismo negro e a força da mulher no samba, marca registrada da trajetória de Aninha. O videoclipe foi gravado com sensibilidade e estética marcante,reunindo professores e estudantes negros que simbolizam o compromisso coletivo com uma sociedade mais justa. O trabalho integra a Campanha de Educação Antirracista nas Escolas de Minas Gerais – Ginga, ampliando o alcance de sua mensagem e inspirando novas gerações.

O show de lançamento promete uma experiência vibrante, unindo samba, percussão e elementos contemporâneos, com a presença de convidados e a interpretação envolvente de Aninha Felipe — artista reconhecida em Belo Horizonte por sua atuação em projetos como Papo de Samba e Samba da Aninha.

“Pele Negra” é mais do que música: é celebração, afirmação e convite para que cada pessoa preta reconheça seu valor e escreva sua própria história.  Disponível em todas as plataformas digitais no dia 26/09.

Este projeto é contemplado pela Lei Paulo Gustavo – 2023, no âmbito do projeto “Guerreira Mulher – Eu Sou Porque Outras Foram – Pele Negra”.

Lançamento:
Data: 27 de setembro
Local: Saruê Castelo | Avenida na Avenida Altamiro Soares, 1021, Bairro Castelo, Belo Horizonte-MG 
Horário: 18:00h

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José Macário exalta o universo feminino em "Mulher, você é demais"

Por Chico do Cavaco

Nova composição do sambista reforça a tradição de homenagear as mulheres na música popular, evocando carinho e admiração em suas letras.

O samba intitulado "Mulher, você é demais" é o trabalho musical mais recente lançado pelo sambista José Macário. A temática da canção segue um caminho muito explorado pelos compositores. A recorrência a esse enredo, no qual as mulheres são lembradas com carinho, traz ao imaginário popular a forte identidade do universo feminino associada à inspiração natural do compositor. Com isso, a associação entre mulher e música comumente gera belas composições.

José Macário é cantor e compositor. Nasceu em Juiz de Fora, cidade localizada na Zona da Mata mineira. Sua trajetória musical inicia-se com intensa participação nas rodas de samba e atuação ativa nas agremiações carnavalescas. Nesse ambiente, inspirou-se em renomados sambistas, entre eles Luiz Antônio, Jubinha e compositores da extinta escola de samba Unidos dos Passos.

Atualmente, José Macário é integrante da escola de samba Real Grandeza e participante ativo do Bloco dos Carteiros; além disso, canta em reconhecidos corais de Juiz de Fora.

Citação: "Canta, canta, minha gente, deixa a tristeza pra lá", cantou Martinho da Vila. Nosso querido e amado samba traz em seu bojo interconexões profundas. Celebra a ancestralidade, entronizando na alma contentamento total.

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