Música e empoderamento: Mônica Negona, uma sambista que é show

Por Chico do Cavaco

EP "Negona eu sou" é o mais recente trabalho

Capa do seu mais recente trabalho autoral

A cantora e compositora mineira Mônica Negona é um nome destacado quando o assunto é samba autoral. Na live, No Sofá com a Negona, apresentada todas as terças-feiras, 20h, no Instagram @monicanegona, a sambista traz à cena um nome destacado do samba para uma entrevista. Um bate-papo onde a música dá o tom num clima intimista e envolvente. Sem contar, com o sentido informativo e de divulgação da obra musical de nossa gente bamba. Ou seja, seu prestimoso serviço ao samba é eficaz e poderoso.

O ano de 1989 marca a chegada de Mônica Negona ao mundo da música. Os primeiros passos ocorrem durante apresentações em festas da família, interpretando canções tradicionais da MPB. Em seguida, aproxima-se do samba, considerado um dos mais importantes fenômenos culturais do Brasil. Nesse contexto, a Bahia é o ponto de partida, onde Mônica permaneceu por cerca de quatro anos se apresentando como back vocal. De volta a Belo Horizonte, consolida o seu trabalho musical, cantado, compondo e participando de projetos, onde mulheres e o samba se convergem.

O EP "Negona eu sou" é o mais recente trabalho da sambista. Traz sambas de alto valor musical, onde a cantora esmera talento ao interpretar. São seis faixas, em que valorosas parcerias se cruzam e qualificam ainda mais o disco. "Negona eu sou", de Odmar do Banjo e Mônica, "Respeita a minha história", de Silvana Truva, "Mãe Guerreira", de Eduardo Macalé, "Nossa missão", de Adilson Bispo e Capri, "Roda a saia" de Pirulito da Vila e Eduardo Gatão, e "Nosso Recado", Lúcio Portis, Vaguiner Portis, Pablo Fernando e Mônica Negona.

Diante de tantas qualificações e conceitos criativos, onde a mulher com força e garra desempenha um papel de destaque na cultura do país, Mônica Negona é símbolo de resistência e perseverança, exemplo a ser seguido.

"O samba agoniza, mas não morre..." 

Nelson Sargento