Carlinhos Russo e Romualdo Mumu apresentam Rasga a Seda - fidelidade e arte na linha do samba

Por Chico do Cavaco

Edinho Ângelo dá voz e vida ao trabalho desses talentosos compositores

Encontro de poetas: Carlinhos Russo e Romualdo Mumu

Carlinhos Russo e Romualdo Mumu estão na área com mais grande trabalho musical. Rasga a Seda é um samba que retrata a fidelidade e o comprometimento de parceiros que identificam-se na arte de compor versos e alinhar melodia na mais perfeita harmonia. Edinho Ângelo interpreta a canção, contextualizada com o talento que lhe é peculiar.

Poeta de sete costados, Carlinhos Russo iniciou a trajetória no mundo do samba aos 16 anos, quando compôs o primeiro samba para o Bloco Carnavalesco Unidos do Onix, do bairro de Rocha Miranda. De lá para cá, foram muitas composições e notáveis parcerias que originaram sambas memoráveis.

Em 1989, Carlinhos Russo emplaca três sambas no disco gravado pelo saudoso e renomado sambista Bezerra da Silva. Foram eles, “Se Não Fosse o Samba”, “O Preto e o Branco” e “Safado é Safado Mesmo”. Com outras valorosas parcerias. Com Zezinho do Vale, Almir Guineto, Adauto Magalha e J. Laureano, veio à luz “Dura Missão”, gravado à época por Almir Guineto e que ainda foi regravado por Marquinho Sathan e Renato da Rocinha.

Outros trabalhos foram destaques, entre eles o samba “Massa Brasileira”, gravado pelo Grupo Sol, “Fatal Realidade”, na voz de Pedrinho di Miranda e regravada por Vicente do Cavaco. Já no disco autoral do sambista Tito da Silva, Carlinhos compôs cinco canções.

O mangueirense Romualdo Mumu é um cantor e compositor carioca. De patente reconhecida no mundo do samba, sua obra se destaca por recursos poéticos e musicais de alto valor criativo, onde parcerias importantes fazem parte desse processo. Ao lado de nomes destacados do gênero, Tito da Silva, Lúcio Portis, Vaguiner Portis compôs canções destacadas. "O sortudo", "Encontro", "Matemática do amor", "Na batida do surdo", "Sou mangueirense", e "Xô solidão" são os mais recentes trabalhos do sambista.

O poeta do samba se distingue pelo conceito natural na arte de compor. A centelha que dá luz aos pensamentos que norteiam a criação musical, na mente atenta e iluminada do compositor, revisita a magia e a poderosa força de algo superior e divino. Carlinhos Russo e Romualdo Mumu se enquadram nesse conceito, onde compor é o fio condutor de idas e vindas, encontros e desencontros, assim como de realidade e devaneios. Viva o samba!

Ouça o samba!