Fusão perfeita entre humor e música em "Dublê de Garanhão"

Por Chico do Cavaco

Sandro Dy Castro é um dos autores e intérprete do samba

O mais recente trabalho do sambista Sandro Dy Castro é a música "Dublê de Garanhão", composta em parceria com José Maurício e Renato. A obra contextualiza uma situação anedótica atualíssima, onde o humor turbina, musicalmente, a pegada do samba, e como observadores do cotidiano, dada a criatividade, os autores criaram uma música caracterizada pelo bom gosto e de fácil assimilação.

Citação:

Sandro Dy Castro é cria do Morro do Engenho da Rainha. Sua obra musical tem influências familiares. Seu avô é Carlos Cachaça, um dos fundadores da tradicional escola de samba Estação Primeira de Mangueira. O pai é o renomado compositor Carlos Moreira de Castro. Marco de Lima, irmão mais velho, é compositor, tem música gravada pela cantora Fátima Guedes, pelo Grupo Pirraça e no carnaval de 1985, ganhou o estandarte de ouro, no Grupo de Acesso, com a escola de samba Acadêmicos do Engenho da Rainha. Portanto, carrega nas veias, a identidade musical marcada por um DNA, onde o samba relaciona-se de maneira abrangente e sofisticada quando o assunto é compor samba.

Como autor, Sandro tem obras gravadas com os grupos Raça, Pirraça e dos Puxadores das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, além de composições nas vozes de Léo Accioly e Bebeto di São João, icônico partideiro da Baixada.

Recentemente, o sambista gravou a música intitulada "Dá uma força aí", inaugurando a sua chegada nas plataformas digitais.

À frente de uma banca de frutas e legumes na Praça Seca, no Rio, Sandro vai levando a vida, alimentando a alma com poesia e música, ferramentas divinas e essenciais na concepção de um destino, onde a transformação se dará por meio um trabalho afeito às condições do dia a dia.

Detalhe:

Carlos Cachaça nasceu em 1902, no Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, formada em 28 de abril de 1928 e originada da fusão de blocos carnavalescos no Morro Mangueira. O sambista é autor de mais de 500 composições e foi o principal parceiro de Cartola. Compôs músicas reconhecidamente importante no ideário popular, entre elas "Não quero mais amar ninguém", "Harmonia em Mangueira" e "Lacrimário".

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