terça-feira, 28 de março de 2023

Carlinhos Russo é um mestre na arte de compor

Por: Chico do Cavaco

Carlinhos Russo é autor de sambas memoráveis

 Carlinhos Russo tem uma obra musical importante para o samba 

A poesia e a melodia andam de mãos dadas na produção musical do carioca Carlos Alberto da Silva, o Carlinhos Russo. Suas obras autorais se distinguem pelo refinamento. São canções de rara beleza e caracterizadas pela fluente inspiração, onde o samba é o fio condutor que expõe o talento enlevado do poeta.

Carlinhos Russo nasceu em 13 de setembro de 1949, no Hospital e Maternidade Pro Matre, localizado na Praça Mauá, centro do Rio. Aos 16 anos compôs o seu primeiro samba. A obra foi escrita para o Bloco Carnavalesco Unidos do Onix, do bairro de Rocha Miranda, onde venceu vários sambas que lhe deram a oportunidade de alçar voos maiores.

Na trilha do sucesso, Carlinhos Russo foi convidado a participar da ala de compositores da Portela. Na azul e branco de Madureira, o compositor adquiriu experiência e conheceu bambas de primeira linha do samba. Ainda envolvido com o samba enredo, o sambista esteve na Caprichosos de Pilares. E a seguir, por motivos particulares, parou de compor sambas enredo e começou a escrever músicas autorais.

Um período fértil na criação musical entra em cena na vida do sambista. Foram compostas várias canções solo, como também, em parcerias memoráveis. Daí para o sucesso era questão de tempo.

Em 1989, Carlinhos Russo emplaca três sambas no disco gravado pelo saudoso e renomado sambista Bezerra da Silva. Foram eles, “Se Não Fosse o Samba”, “O Preto e o Branco” e “Safado é Safado Mesmo”, e que foram posteriormente regravadas pelo rapper Marcelo D2. Em parceria com Zezinho do Vale, Almir Guineto, Adauto Magalha e J. Laureano, compôs o samba intitulado “Dura Missão”, gravado à época por Almir Guineto e que ainda foi regravado por Marquinho Sathan e Renato da Rocinha. Outros trabalhos foram destaques, entre eles o samba “Massa Brasileira”, gravado pelo Grupo Sol, “Fatal Realidade”, na voz de Pedrinho di Miranda e regravada por Vicente do Cavaco. Já no disco autoral do sambista Tito da Silva, Carlinhos compôs cinco canções.

Aos 72 anos, o compositor está em pleno momento criativo. Nesse contexto, sua valiosa obra é ampliada com a chegada de novos parceiros, entre eles, Leandro Sintonia, Toninho Brasilândia, Lúcio e Vagner Portis, dentre outros. São cerca de 300 músicas compostas. Segundo Carlinhos Russo, compor é um vício, e cabe mais.

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